Cresci escutando sons de passarinhos (coisas do meu pai), quando pequena identificava um por um, se era Bom Dia Seo Chico, Trinca Ferro e por aí vai...
Cachorros então, nem se fala, cheguei a ter cinquenta em casa, tínhamos um quintal enorme e arborizado. Raças de cachorro consigo identificar também.
Acordo meu marido que levanta, mede, e o dextro tá 42mg/dl, ele vai até a cozinha pegar açúcar. Eu estava deitada na cama aguardando-o, quando de repente ouço o canto de uma sabiá laranjeira,lindo,lindo,lindo.
Eu balbuciei:
- É uma sabiá!
Meu marido falou qualquer coisa que não me recordo. A hipo passa, e vejo que não estava delirando era uma sabiá mesmo. Abro minha janela para tentar ver de onde vem o som, não encontro, o som permanece, durmo escutando aquele canto. Pela madrugada fui presenteada com este som lindo da natureza, pena que as circunstâncias que me fizeram acordar para ouvi-lo não foram tão bacanas. Mais amei!
Na hora do café da manhã meu marido pergunta:
-De que sabiá você estava falando?
Expliquei. Ele continua a conversa dizendo:
-Na hora que ouvi o que você disse, pensei: Ela não nega o pai que tem, até com hipo quer identificar som de um passarinho...
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