Aretha,
26 anos, publicitária e diabética há cerca de dois anos.
Descobri
o diabetes na minha vida em agosto de 2011. Com todos os sintomas fui ao
médico, fiz os exames e, claro, custei a acreditar que aos 24 anos aquilo
estava acontecendo comigo. O diagnóstico do diabetes tipo 2 deu início ao
tratamento à base de comprimidos de metformina.
Em
novembro do ano seguinte, uma glicada de 9.5 fez uma nova médica me dar um novo
diagnóstico: diabetes tipo 1. Iniciei o tratamento com Lantus e Apidra. Em dois
meses ganhei peso, controlei a glicada e, enfim, senti que conseguia controlar
a doença.
A descoberta da gravidez
Descobri
a gestação em abril de 2013, aos quase dois meses de gestação. Pensava em ser
mãe dentro de alguns anos, mas a surpresa me conquistou e me fez entrar de
cabeça nesse universo.
O
controle da alimentação continuou, talvez com um pouquinho mais de rigor.
Afinal, as crises de hipo no começo me pegavam de surpresa no meio da
madrugada. Por esse motivo, o controle com a endócrino se tornou mais
frequente. Além disso, fui orientada a trocar a combinação de Lantus e Apidra
por NPH e Regular.
Durante
toda a gravidez foram necessários ajustes nas dosagens de insulina. Afinal, as
hipos eram freqüentes no início da gestação e hipers durante o terceiro
trimestre.
A gestação de uma
diabética
Ser
considerada uma gestante de alto risco me apavorou no início. Tinha medo do que
poderia acontecer com o bebê e de como isso poderia prejudicá-lo. A solução:
ler, estudar e pesquisar muito.
Um
primeiro obstetra me deixou ainda mais insegura ao afirmar que meu bebê seria
muito grande, que não poderia “passar das 38 semanas” e que, possivelmente, eu
não poderia parir naturalmente. Como eu era capaz de gerar um bebê e não
parir?!
Isso
me moveu a buscar um obstetra humanizado, que me deu segurança sobre um parto
natural e que esperaríamos sim meu filho vir ao mundo no momento dele, se tudo
continuasse correndo bem durante a gestação.
Em
oito meses engordei cerca de 8kg. Afinal, desejos como comer um bolo de
chocolate inteiro não fazem parte da
minha realidade e tenho certeza que meu filho não vai nascer com cara de bolo
por esse motivo. :D
Para
mim, a questão alimentar nunca foi problema. Os integrais sempre fizeram parte
da minha dieta (independente do diabetes) e as escolhas mais saudáveis eram
parte do meu cardápio há alguns anos, o que considero essencial para o controle
da doença, principalmente nesta etapa da vida. Associar isso ao acompanhamento
médico correto me fez seguir uma gestação por meses de tranquilidade.
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37 semanas á espera do Benjamin |
A reta final
Agora,
entrando quase no nono mês, sigo com o controle da alimentação, dextros e
aplicações de insulina rigorosamente. O bebê há algum tempo apresenta um peso
maior que o padrão da idade gestacional, mas seu desenvolvimento é perfeito.
Continuo
disposta e animada com os preparativos para a chegada do meu filho, mesmo com
os pés inchados dessa fase, que tornam até as simples caminhadas mais lentas.
Além disso, não consigo me ver como uma grávida em risco. Me vejo como uma
mulher se preparando para que esse nascimento faça surgir duas novas pessoas:
um filho e uma mãe.
Espero
em breve poder relatar como foi trazer ao mundo essa nova vida, mesmo com hipos
e hipers no caminho!
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