Olá!
Meu nome
é Giana Maria, 35 anos, administradora, sou Diabética Tipo 2 há 4 anos, vim
contar para vocês minha historia de luta
e persistência para realizar o sonho de
ser mãe.
Casei-me
em 2010 e nesse meio tempo fui fazer uns exames de rotina, foi quando descobri
que era portadora de DM Tipo 2, como quase todas as pessoas não dei muita
importância para a doença, ignorava e não
entendia muito bem como lidar com a mesma, na época só me foi receitado
educação alimentar e uso do glifage.
Meu
desejo de ser mãe começou depois de 1 ano de casada, mas era completamente sem
noção do que o diabetes mal controlado poderia influenciar na gravidez.
Além do
diabetes tenho ovários policísticos o qual já era um impossibilitador de
gravidez e assim fui parando com o anticoncepcional sem ao menos procurar um
profissional para me acompanhar, na verdade achava que iria demorar muito
engravidar em função do ovário policístico, nem lembrava do diabetes.
Eis que
em 2012 em um teste de farmácia descubro minha 1ª gravidez, fiquei muito feliz,
afinal tinha engravidado sem tratamento do ovário policístico, sim era somente
isso que me preocupava. Depois fiz o teste de sangue e novamente confirmamos :
ESTÁVAMOS GRÁVIDOS! Foi uma felicidade danada, começamos a planejar nossa vida
com nosso bebê como todo casal faz.
Marquei
logo minha consulta de pré- natal, era um dia de muita expectativa ver meu neném
pela primeira vez. Me preparei e fui para a tão esperada consulta, fui sozinha
porque meu marido não pôde me acompanhar. Durante o exame o médico me diz:
-
Realmente você está grávida, olha ali seu neném, saco gestacional, embrião
medindo tanto, gestação de aproximadamente 9 semanas, etc. etc..
Nesse
momento já não tinha pernas de tão feliz, foi o quando o mesmo vira e me diz:
-Não
estou muito satisfeito com essa gravidez e não quero chororô...
Pronto
meu mundo desabou ,sem entender muito o porquê, ele me fala:
-Seu bebe
não tem batimentos cardíacos.
Chorei, chorei
e chorei sai de lá sem chão, nem vi como cheguei em casa. O fato é que estava
com aborto retido de um embrião de 9 semanas e precisava expulsar o quanto
antes, optei por esperar espontaneamente e foi a pior decisão da minha vida,
senti contrações e uma dor na alma muito grande,fui expelindo um monte de
coisas que nem sabia o que eram,. Depois deste processo o médico pediu para que
eu fizesse o exame para saber se meu útero estava limpo. Realizei a ultrassom esta
atestou : Sem restos embrionários.
Achei
estranho porque o medico mais ou menos descreveu pra mim o que tinha sair,
confesso que não tinha percebido se saiu como ele havia descrito, estava muito
abalada emocionalmente, então nem parei pra pensar neste assunto... Tinha ou
não tinha expelido o embrião? A ultrassom tinha atestado que sim, então tranqüilo
né?
Quando
cheguei em casa no mesmo dia fui para o banho, de repente senti alguma coisa
pressionar a região pélvica, parecia que iria escorrer algo da minha vagina,
seguido das dores saiu o embrião e caiu no chão... Era uma bolha branca com as características
que o médico havia me dito... Entrei em desespero. O embrião havia saído do útero
nas contrações que eu sentia e parou na parede vaginal e veio ser expelido logo
mais em casa quando eu estava sozinha (uma dor para que carrego na memória,
afinal era meu filho que eu estava perdendo).
Enfim,
passado tudo isso, fui ao ginecologista, o mesmo me disse que tinha perdido o
bebê por causa da diabetes. Fui fazer novos exames e vimos que eu precisava me
cuidar mais para realizar meu sonho e comecei uma nova vida de novos hábitos e
prioridades, ficou regrada e certinha, tinha um foco, este processo durou uns 6
meses, me cuidei, perdi peso e controlei o diabetes. Tudo estava entrando nos
eixos para que eu concretizasse meu sonho.
Descuidei-me
e no começo de 2013 estava grávida novamente (2ª gestação). Um misto de
sentimentos tomou conta de mim, medo porque tinha mais noção do que um diabetes
mal controlado poderia causar nesta nova gravidez, alegria de pensar na
possibilidade de ver meu sonho acontecendo.
Frustração...
Com 6 semanas, descobri da mesma forma do primeiro, ou seja, na minha primeira ultrassom
de pré- natal sem batimentos cardíacos, aborto retido novamente.
Nossa!
Tudo de novo????
Deus não
posso ser mãe? É isso? O Senhor quer que eu desista?
Me abalei
o que acredito ser normal, refleti e tirei algo bom dessas 2 perdas, precisava
aprender com as coisas ruins e não só com as boas.
Resolvi
batalhar ir atrás cuidar de mim e entender bem o Diabetes, procurei outros profissionais,
fiz todos os exames, fiz exame de cariótipo dos dois embriões para descobrirmos
a causa das perdas, não tivemos um diagnóstico preciso das perdas, mas como
quase em todos os casos fica difícil um diagnostico preciso das perdas de
embriões, só descobri que se vingasse meu bebe seria uma menina.
Nesta
caminhada, do inicio de 2013, eis que surge no meu caminho duas pessoas
humanas, médicos e de um profissionalismo indiscutível: Dra. Maria Angélica (ginecologista
obstetra) e Doutor Albermar (endocrinologista) foram eles que me acompanharam
nesse planejamento para tentar mais uma vez uma gravidez, com uma única
diferença: Agora planejada!
Sem
esperar, em novembro 2013, estou eu grávida novamente (3ª gestação), mas só
descobri em janeiro, como minha menstruação era irregular nem imaginava que estaria
grávida em tão pouco tempo.
Confesso que
estava bem mais segura, a glicada em 6.5% e ótimos controles diários. O que
poderia dar errado? Eu só precisava ter fé e continuar me cuidando. Meu
tratamento era educação alimentar e Glifage XR ,não utilizei insulina na
gestação, alguns médicos são contra medicamentos orais neste período, eu acatei
a postura de meus médicos e nunca duvidei de suas condutas, eles são
competentes, acompanharam meu caso e sabiam o que estava fazendo. Cada
tratamento é único, acredito que não dá para generalizar esta postura. Falo
isso por que escutei durante a gestação algumas pessoas falando sobre isso...
Engordei
apenas 2 kgs na gravidez de Isabela (nome da minha filha). Não tive nenhuma
intercorrência durante a gestação, nada mesmo, tudo tranqüilo.
Isabela
foi do jeito que Deus me prometeu em sonho, linda, perfeita e saudável! Fez jus
ao nome, pura e Prometida de Deus.
Nasceu numa
clínica particular do convênio, viajamos alguns quilômetros para chegarmos a
Maternidade... Valeu a pena!
No dia
23/08/2014 , com 39 semanas de gestação, com 3.910 kg, 50 cm, parto cesárea e sem nenhuma intercorrência, minha Bela veio
a mundo. Fomos para o quarto juntinhas e hoje sou muito feliz com ela, um amor
que não cabe em palavras.
A decisão da cesaria foi minha, em consenso com a obstetra por todo o meu histórico.A maternidade fica a 104 km da minha residência, ela era o local mais seguro na região para que a Isabela nascess. Pesando os todo oc ontexto de distência, histórico e segurança, a cesárea nos foi a melhor opção.
A decisão da cesaria foi minha, em consenso com a obstetra por todo o meu histórico.A maternidade fica a 104 km da minha residência, ela era o local mais seguro na região para que a Isabela nascess. Pesando os todo oc ontexto de distência, histórico e segurança, a cesárea nos foi a melhor opção.
Quanto à amamentação fiz uma mamoplastia há 10 anos atrás,
a qual comprometeu minha produção de leite, amamento, mas faço complemento com
Nan.
Gratidão
total! Acima de tudo á Deus por sua fidelidade em me dar uma gestação e filha
saudáveis. Ao meu marido Elton pelo carinho, apoio e compreensão, as pessoas
que participaram deste momento comigo, as grávidas e mamães diabéticas, pois
com suas experiências pude aprender muito.
Meu desejo as tentantes e grávidas diabéticas é que:
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