Quando uma diabética briga por doces?Não,não por causa de uma hipo.
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Diabetes e Maternidade,
Diário de Bordo
Me perguntaram qual era o motivo de maior briga entre eu e Anderson...
Seria família? Criação de filhos? Qual seria o motivo?
Sem sombras de dúvidas e ambos concordamos...Nosso maior motivo de briga são os DOCES!
Cômico isso não?! Uma diabética brigar com o marido por DOCES.rsrsr
Uso bomba de insulina,faço contagem de carboidratos e como doce quando tenho vontade, não os devoro,não sou fã dele,mas os como...Hä outros alimentos que me encantam bem mais que os doces...
MAS E...POR QUE VOCÊS BRIGAM?
Brigamos por que Anderson não tem "educação"para comê-los, basta ter um doce em casa para ele devorar em segundos e mal me oferecer, me ironizando com aquela maldita frase que ele sabe que me irrita:
-Você é diabética srrsrs... Não pode comer!!!
E no mesmo tom de ironia rebato:
- Tô com hipo!!! haha (mentira) e mesmo que não tivesse sou controlada...Passa o doce.
Brigamos quando eu ganho uma caixa de bombom que se eu comesse sozinha duraria 3 meses ou mais e oferecendo a ele dura 3 dias no máximo.
Brigamos quando alguém me dá um doce e ele descobre, não pensem que é por que ele está preocupado com o DM, mas foi porque eu nem guardei um pedacinho para ele.
Brigamos quando na compra contabilizo bolachas e afins para o mês todo e ele os come em menos de duas semanas me chamando de "canguinha"rsrsr
Brigamos quando devoro todos os doces que há na geladeira no meio de uma hipo e no outro dia ele não os encontra.
Brigamos quando ele acha pela casa farelos de doces pós eu ter tido uma hipo,não pela sujeira, mas por que eram DOCES pela casa ,eu desperdicei DOCES minha gente.
Brigamos quando ele descobre que presenteei alguem com doces...Poderia ter sido ele.rs
Brigamos quando ele come doces escondidos de mim com dó de me dar (e eu descubro)
Brigamos quando ele vê uma promoção de doce no mercado e eu não comprei um para ele,pois o mesmo morre de vergonha ver estas coisas sozinho.
Brigamos quando ele me chama de gorda para que eu não coma doce (sendo que ele não nada magro srsr).
Brigamos quando pela centésima vez eu me inscrevo numa academia (a qual nunca fico) e ele me diz:
-Pra que academia? Pra sair dela e comer doce?
Como seu vivesse no doce...rsrs
Ele tem prazer de ver um dextro meu alto após a ingestão de doces rsrsr
A gente ri, a gente se zoa, a gente se ironiza e brigaremos pelo visto para sempre por conta do bendito DOCE...
Seria família? Criação de filhos? Qual seria o motivo?
Sem sombras de dúvidas e ambos concordamos...Nosso maior motivo de briga são os DOCES!
Cômico isso não?! Uma diabética brigar com o marido por DOCES.rsrsr
Uso bomba de insulina,faço contagem de carboidratos e como doce quando tenho vontade, não os devoro,não sou fã dele,mas os como...Hä outros alimentos que me encantam bem mais que os doces...
MAS E...POR QUE VOCÊS BRIGAM?
Brigamos por que Anderson não tem "educação"para comê-los, basta ter um doce em casa para ele devorar em segundos e mal me oferecer, me ironizando com aquela maldita frase que ele sabe que me irrita:
-Você é diabética srrsrs... Não pode comer!!!
E no mesmo tom de ironia rebato:
- Tô com hipo!!! haha (mentira) e mesmo que não tivesse sou controlada...Passa o doce.
Brigamos quando eu ganho uma caixa de bombom que se eu comesse sozinha duraria 3 meses ou mais e oferecendo a ele dura 3 dias no máximo.
Brigamos quando alguém me dá um doce e ele descobre, não pensem que é por que ele está preocupado com o DM, mas foi porque eu nem guardei um pedacinho para ele.
Brigamos quando na compra contabilizo bolachas e afins para o mês todo e ele os come em menos de duas semanas me chamando de "canguinha"rsrsr
Brigamos quando devoro todos os doces que há na geladeira no meio de uma hipo e no outro dia ele não os encontra.
Brigamos quando ele acha pela casa farelos de doces pós eu ter tido uma hipo,não pela sujeira, mas por que eram DOCES pela casa ,eu desperdicei DOCES minha gente.
Brigamos quando ele descobre que presenteei alguem com doces...Poderia ter sido ele.rs
Brigamos quando ele come doces escondidos de mim com dó de me dar (e eu descubro)
Brigamos quando ele vê uma promoção de doce no mercado e eu não comprei um para ele,pois o mesmo morre de vergonha ver estas coisas sozinho.
Brigamos quando ele me chama de gorda para que eu não coma doce (sendo que ele não nada magro srsr).
Brigamos quando pela centésima vez eu me inscrevo numa academia (a qual nunca fico) e ele me diz:
-Pra que academia? Pra sair dela e comer doce?
Como seu vivesse no doce...rsrs
Ele tem prazer de ver um dextro meu alto após a ingestão de doces rsrsr
A gente ri, a gente se zoa, a gente se ironiza e brigaremos pelo visto para sempre por conta do bendito DOCE...
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imagem da internet |
Julia mudou minha vida e pra melhor...
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Mães Diabéticas
Sou Maisa Peres, tenho 29 anos, da
cidade de Jaú/SP, descobri a diabete aos 5 anos, lembro-me perfeitamente da
internação para começar o tratamento, foi a primeira de duas internações até
hoje por causa da diabetes. No começo o medo, depois adaptação, o cuidado
extremo, mas com o passar dos anos, acho que como 90% das pessoas com diabetes
veio a rejeição, na adolescência, comecei a não levar tão a sério a dieta, a
única coisa que eu fazia era tomar a insulina, comecei a ir menos às consultas,
fazia o tratamento em Botucatu, na Unesp, cheguei a ficar 1 ano sem aparecer
nas consultas, nunca tive nenhum problema aparente com a diabetes
descontrolada, porém estava sempre consciente que a doença é silenciosa quando
não cuidada, que as sequelas vem lá na frente, e sempre ouvia de médicos, ou de
outras pessoas, você não conseguirá ter filho, coitada com diabetes não dá pra
engravidar, é arriscado, seu filho nasce com diabete, entre outras frases, com
28 anos comecei a pensar muito no desejo de ser mãe, já havia voltado as
consultas, porém a atividade física e o controle da alimentação ainda estavam
muito desorganizados, eu pesquisava muito sobre mães dm1, ouvia muito que as
mães dm1 na gestação acabavam ficando internadas durante a gestação, que era um
dos períodos mais complicados, que na maioria das vezes o bebê nascia e ficava
na uti por alguns dias.
Em 2014 comecei a fazer a dieta
como muitas outras vezes, porém sempre durava 1 ou 2 meses e abandonava tudo
novamente.
No dia 28/08 descobri que estava
grávida, foi de surpresa, namorava ha 9 anos, porém não estava preparada para
essa notícia, a primeira reação foi o medo, mas com o apoio do Maicon, meu
namorado, a noticia foi se transformando de medo em desejo, queria muito esse
bebê, mas a primeira coisa que veio a minha cabeça foi a diabetes totalmente
descompensada, decidi naquele dia mesmo procurar o ginecologista e ele me
passou para o GESTAR (gestantes de alto risco) um programa que tem na minha
cidade onde os atendimentos são bem melhores, comecei as consultas e minha
hemoglobina estava em 12, ao ver isso o médico foi sincero, com um resultado
desse seu bebê corre grandes riscos, tudo está dependendo de você, a vida dessa
criança não depende dos médicos, depende de você, eu em 24 anos de diabetes
poucas foram as vezes que consegui ter uma hemoglobina na casa dos 7, sabia que
Deus tinha me dado a chance de ser mãe, porém ele também tinha me dado o dever
de me cuidar para poder desfrutar dessa gestação.
Aos 3 meses de gestação minha
cunhada estava grávida de 6 meses e perdeu o bebê, ela tinha uma saúde perfeita
e infelizmente não conseguiu segurar e a bebê morreu com 18hs de vida, aquela
notícia foi um choque pra mim, já estava com muito medo, depois da noticia meu
medo piorou, mas eu tinha muita fé e sabia que Deus estava comigo e só dependia
de mim, na gestação eu me transformei, eu descobri que era possível cuidar da
diabetes tranquilamente, eu descobri que o que me faltava era vergonha na cara,
no primeiro trimestre eu consegui abaixar minha hemoglobina de 12 para 7,3, eu
fazia os as pontas de dedo todos os dias, eu contava carboidratos, eu estava me
cuidando como deveria ter cuidado desde o diagnóstico. Tive sangramento 2 x no
primeiro trimestre, mas nada preocupante, somente repouso.
A minha gestação foi
totalmente perfeita, eu não tive nenhuma internação, quase completando 37
semanas eu acordei no domingo sentindo gosto estranho na comida, como se
estivesse com gosto de ferro, mas não dei muita importância, a noite comecei a
sentir meu pescoço enformigar, decidi ir para o pronto atendimento, ao chegar
lá o médico me disse que era ansiedade pela gestação e me deu calmante, voltei
pra casa e no outro dia acordei e comecei a perceber meu rosto dormente, não
conseguia piscar, as palavras com a letra P não eram pronunciadas corretamente,
15 min depois meu rosto do lado esquerdo paralisou, procurei o meu obstetra e
fui diagnosticada com paralisia facial, o primeiro tratamento para a paralisia
facial é com corticoide, não seria uma boa idéia usar o corticoide com quase 38
semanas de gestação, com diabetes.
Então juntos decidimos que estava na hora de
receber a nossa Julia, no dia 09/04/2015 foi marcado a minha cesárea, a Julia
veio ao mundo com 3,300 kg 47 cm, perfeita, nasceu com uma hipo que foi
corrigida com uma mamadeira de leite, os hgts nela foram feitos de 2 em 2hs
durante as primeiras 24hs, como ela ainda não pegava o peito, foi dado NAN no
primeiro dia, nós fomos para o quarto juntas, ficamos 24hs internadas, tudo o
que eu ouvia sobre gestação de diabéticas não presenciei graças a Deus, eu tive
uma gestação totalmente tranquila, fiz cesárea no tempo certo, a minha princesa
veio ao mundo totalmente saudável, eu engordei 8 kg na gestação.
Depois que a Julia nasceu, na
primeira semana o que mais me atormentou foi a paralisia facial, eu tinha uma
dor insuportável no trigêmio, passei 7 dias com noites em claros, com muita
dor, a Julia mamava super bem, dormia super bem, depois com a acupuntura
consegui me livrar da dor da paralisia facial.
Depois do nascimento da Julia
confesso que dei uma relaxada no controle, principalmente por ser uma rotina
super diferente além da paralisia facial que consumia muito meu tempo, tinha
que fazer fono, fisio, acupuntura, ir no otorrino, no neuro, acabei
descontrolando a glicemia, não consegui ainda entrar no eixo, na hora de
amamentar tenho hipo, na correria do dia acabo não contando corretamente os CHO
e não corrigindo corretamente, mas essa semana já voltei para o endócrino, já
estou tentando entrar na rotina, pois hoje não me resta dúvida nenhuma, você
pode ser diabética, você pode não ter doença nenhuma, quando deus te
proporciona o dom de ser mãe não há nada que impeça, vc precisa se dedicar a
isso, se cuidar e saber que 90% da gestação de uma dm1 depende dela mesma, dos
bons controles e principalmente da tranquilidade, a cabeça descompensa bem mais
do que um brigadeiro, pois sabemos quantos CHO os brigadeiros tem, mas nosso
emocional se não for controlado não há insulina que consiga corrigir.
Tive muita hipo na gestação, tive
algumas hiper, e meu médico sempre me disse, se você fizer o hgt, corrigir
tanto logo tanto hipo quanto hiper os riscos são mínimos.
Hoje descobri o que realmente é
ser feliz, deus me deu o maior presente, sei que tenho que me cuidar, porque
agora que meu anjinho está aqui ela depende muito de mim.
A você que tem medo, confie em Deus, ele saberá
mandar o seu presente no melhor momento.
Hoje estou 98% melhor da paralisia
facial, e é muito difícil descobrir as causas, muitas pessoas costumam ter na
gestação, além da diabete também que ajuda muito a ter uma paralisia, quando
minha princesa nasceu eu não conseguia sorrir por conta da paralisia, mas meus
olhos sorriam por mim, minha alma demonstrava minha felicidade, e eu estava tão
feliz com o nascimento da Julia que a paralisia foi encarada com um simples
problema que eu iria superar.
Cuide bem de sua gestação,esta é uma forma de amor ao seu filho...
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Mães Diabéticas
Sou Kaminsky, tenho 21 anos e descobri que era diabética aos 7 anos de idade e confesso que nunca me importei tanto com controle de glicemia, comia várias vezes açúcar e para "encobrir" isso aplicava insulina rápida (regular) para corrigir meu dextro que muitas vezes acabava nem monitorando...
Em abril deste ano descobri que estava grávida, foi a maior felicidade do mundo todo, porém fiquei um pouco assustada ao saber que a gravidez seria considerada de alto risco por conta da doença.
Passei por endocrinologista para mudar minha carga de insulina, porém acabava medindo minha glicemia quando não me sentia bem e uma vez por dia ( isso quando me lembrava de medir..) é super vergonhoso falar isso, mas não dei a real importância para meu problema, como deveria ter dado, acabei não pensando que eu tinha outra vida que também dependia de mim...
Ao completar 32 semanas de gestação comecei a passar mal, sentir fortes dores no colo do utero, fui ao atendimento hospitalar da minha cidade e o médico que me atendeu apenas me deu buscopan e me mandou de volta para casa, no dia seguinte as dores cessaram pela tarde mas a noite ficaram insuportáveis, decidi ir ao hospital de Jundiai onde meus pais moram... E foi a melhor coisa que eu fiz!
Estava com 3 cm de dilatação e muitas contracoes .. Fui internada na hora para tentar segurar a neném na minha barriga, tomei remédio para isso porém meu diabetes acabou descompensando devido ao nervosismo que eu passei.. Vomitava muito!! Minha glicemia foi para mais de 360, passei dois dias com MUITA dor de contracao e a glicemia alterando muito.. No domingo dia 8/11 os exames da neném estavam todos OK e os meus ainda alterados, porém na segunda de manhã dia 9/11 minha filha quase não tinha batimentos cardíacos e entrei em cetoacidose ( meu sangue ficou ácido para ela, fazendo com que ela sofresse dentro da minha barriga) a médica resolveu fazer uma cesariana de emergência para poder tentar salvar uma das duas.. Corri o risco de perder meu útero e ter hemorragia.. Mas as 10:33 Anne Katherine nasceu, nasceu pesando 2,530kg e com 44 cm.
A médica me explicou que minhas grandes alterações de glicemia contribuíram para o parto prematuro da neném... Todo o açúcar que eu consumi na minha gestação, 2/3 dele foram diretamente para a minha filha..
Mamães, se vocês andam comendo qualquer tipo de coisa que não devem, por vocês, pelos seus filhos, parem! Foi o pior pesadelo da minha vida passar por isso.. Graças a Deus ele me deu uma chance de poder ver minha neném crescer, de poder estar com a minha família ! Então passo esse alerta para vocês, se controlem, se cuidem ! Vale muito a pena isso!!
Já se passaram alguns dias do nascimento dela, ela parou de tomar glicose na veia e tirou o respirador, está evoluindo super bem, porém a situação poderia ter sido diferente.. Me dói o coração saber que hoje ela está na UTI por minha causa... Ou melhor, pela falta de informação que nao tive.
Logo logo ,nós estaremos em casa, mas que essa história sirva de alerta, pois todo cuidado é pouco,e nossos bebês não merecem passar por isso por falta de controle nosso.. Fiquem com Deus!
Ainda dói,mas sei que preciso dar tempo,ao tempo
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Mães Diabéticas
Olá! Me chamo Geise, sou DM1, uso
insulinas NPH e Regular, faço 6 dextros por dia e lhes contarei um pouco sobre mim.
Tenho 6 anos de diabetes e muita
história para contar. Vou resumir um pouco. Tudo aconteceu muito rápido,num
piscar de olhos emagreci,sentia muito sono,bebia muita água e fui parar no CTI
em coma diabético,com apenas 17 anos e sem saber o que era essa doença,para mim
era apenas uma doença que dava em pessoas idosas,mais enfim,a partir dali minha
vida mudou muito.
No começo eu achei que era só não
comer doces, pensei que viveria numa com o DM,mas não foi, resolvi não ligar
para o tratamento,me revoltei e comecei a sair para baladas ,ingeria muita
bebida alcoólica e vivia como se não houvesse o amanhã.
Passando-se 4 meses do diagnóstico,
me veio uma descoberta que mudaria minha vida, mas dessa vez para melhor,estava
grávida de 4 meses de um lindo menino, meu filho Matheus ,meu presente de Deus.
Tive uma gravidez muito tranquila,sem
intercorrências, engordei 15 kgs os quais logo perdi, e com 38 semanas de
gestação, foi feita uma cesariana para o nascimento dele afim de se evitar
quaisquer complicações. Dia 22/05/2009,o
bebe nasceu com 3,475 kg e 46 cm,o amamentei até 1 ano e 3
meses.
Vê-lo foi o dia mais feliz da minha
vida,mais não pude ficar com ele, logo quando este nasceu precisou ir para UTI
pois nasceu com hipoglicemia e insuficiência respiratória. Foram 15 dias de UTI
com meu bebê, ele foi
transferido para outro hospital depois que tive alta, ia visitá-lo, ficava com
ele durante o dia e a noite ia embora. Tudo ocorreu bem graças a Deus!
Quando Matheus já tinha 2 anos, me
separei do pai dele e segui minha vida normalmente.Conheci meu atual marido,
após um tempo juntos, descobri novamente que estava grávida e de uma princesa, que
resolvi chama-la de Ana Julia.
Tive uma gravidez tranquila, todos os
exames bons,tudo ok, engordei 20 kgs os quais logo perdi. No dia 06/05/2014, com 37 semanas me senti mal,entrei em trabalho de parto,fiquei por
horas esperando e quando resolveram fazer a cesariana minha princesa já estava
em sofrimento,os pulmões ficaram encharcados e após 6 dias de nascida ela não
resistiu e partiu para os braços de Deus,nasceu com 3,200 kgs e 46 cm.
Passando 1 ano da perda da minha
princesa, procurei um médico fiz tratamento com ácido fólico,parei o
anticoncepcional e engravidei novamente
e de um príncipe, escolhi o nome Davi.
A gravidez foi tranquila, até que aos
7 meses de gestação descobri que meu príncipe era cardiopata,meu mundo desabou
pois eu já sabia os riscos que ele corria,mais lutei até o fim, engordei 15 kgs
,dos quais faltam apenas 5 kgs para
perder.
Dia 01-6-2015, ele nasceu de 34
semanas, parto prematuro - cesárea de emergência, 2,740 kgs e 42 cm. Ficou na UTI por 60
dias,fez a cirurgia cardíaca e infelizmente não resistiu. O tempo que Davi ficou internado eu tirava o
leite para ele, ele se alimentava de leite materno.
Os médicos da UTI falaram que pode
ser problemas genéticos, por que tive o Matheus saudável... Não sei... Algo dentro de mim, diz que não é... Fui
pesquisar e soube dos riscos do diabetes na gestação, vi que os bebês podem
nascer com má formações devido a diabetes, inclusive má formações cardíacas ...
Me culpo demais por não ter procurado
saber, por não ter me cuidado mais,hoje minha vida não é mais a mesma,pois
convivo com a dor,me sinto culpada e angustiada por saber que eu poderia ter
feito diferente,poderia ter esperado mais... Pode não ser culpa minha, mas
viverei com estes questionamentos, pois sou mãe, queria minha família
completa...
Dizem que o tempo é o melhor remédio,
tomara! Quero sentir saudades, tristeza não!
Fez 2 meses que ele se foi, pelo fato de eu ter o Matheus para cuidar estou
procurando viver “normalmente” até mesmo porque para ele também foi muito dolorido, Matheus tinha muitas expectativas de viver com o
irmão, então me faço de forte para dar total apoio a ele,este ainda precisa
muito de mim.
Da Ana Júlia foi tudo muito rápido e não esperávamos nem um pouco perde-la
pois os exames dela sempre deram todos bons,a glicemia descontrolou bastante
pelo fim da gestação,e o Davi ficou mais tempo com a gente apesar de ter sido
no hospital e ele me passava uma força muito grande que eu tinha muita fé que
ele iria conseguir, mais os médicos sempre avisavam todos os riscos, eu não
estava preparada para perder nenhum dos dois,quando o Matheus está na escola
que posso ter um momento só meu para chorar,pensar, refletir....
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Eu e minhas bencaos |
Após o nascimento e
partida do Davi minha glicose ficou muito alta muitas hiperglicemias, agora que está voltando a controlar novamente.
Tive problemas na visão
depois desta ultima gestação, sinceramente
ainda não fui no oftalmo,estou para ir agora nesse mês de novembro, sei porque
minha vista não está mais a mesma coisa.
Quanto a ter outro
filho...Meu esposo deseja...Ainda não tenho cabeça para isso, seria uma quarta
cesárea, o que também não é aconselhável,deixemos o tempo passar...
Estou compartilhando minha história
com vocês,não para desmotivá-las, mas para dizer que podemos ser mães assim
como sou do Matheus. Infelizmente tive dois desfechos doloridos quanto a
maternidade,mas tenho um filho maravilhoso. A vida é uma caixa de surpresa,não dá
pra saber o que irá nos acontecer, mas não devemos desistir, pra tudo há
possibilidades.
A gestação me trouxe uma enorme responsabilidade com meu tratamento
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Mães Diabéticas
Meu nome é Roberta Talita, 26 anos casada, sou DM1 há oito anos, faço uso de insulina NPH.
Quando descobri que eu era diabética nossa foi uma mistura de sentimentos e revolta, ficava questionando o porquê e logo eu... Confesso que me batia àquela rebeldia não queria fazer dieta nem nada, mas com o tempo fui começando a entender de que nada poderia ser feito além de começar a me cuidar, foi difícil e muito passava muito mal ficava internada, fazia a dieta por alguns dias e depois deixava de lado.
Enfim eu e meu esposo decidimos ter um filho, porém como eu não fazia dieta nem nada apenas tomava a insulina e só media quando eu sentia que estava mal, meus exames rotineiros nunca eram bons a glicada sempre estava altíssima e com isso a endo dizia que eu não poderia de forma alguma engravidar, pois eu com certeza sofreria um aborto.

No começo da gestação até me assustava pois as taxas glicêmicas ficavam muito baixas, tanto que tive uma convulsão mas Graças a Deus nenhuma sequela nem comigo e nem com meu filho.
Enfim hoje estou com 33 semanas, fiz meu ultrassom essa semana e o Lorenzo esta super bem crescendo perfeitamente esta com 2.133 kilos.
E a cada dia que eu levanto da cama mesmo com tudo isso que nós diabéticas passamos, (medir, tomar insulina, fazer dietas, e etc) eu agradeço a Deus por ter me dado à oportunidade de ser mãe.
43 anos de Diabetes Tipo1: 2 filhos e uma longa história
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Mães Diabéticas
Meu nome é Marcia e minha vontade era de ler todos os depoimentos das mamães com diabetes antes de escrever o meu mas ainda nem cheguei a metade dos depoimentos, então...Tenho ficado emocionada com a coragem e determinação de todas essas meninas. Minha história é um pouquinho antiga.
A noiva do meu filho mais velho me convidou para ajudá-la a decidir quanto a escolha do vestido de casamento. Quando que eu poderia sonhar ao ter meu diagnóstico de diabetes em 1972 que engravidaria duas vezes, teria a alegria de ver meus filhos crescerem, se formarem e casarem? E mais, sendo mãe apenas de meninos que ajudaria na escolha do vestido da noiva?
Eu tinha 18 anos quando descobri ser portadora de DM1 portanto tenho 43 anos de diabetes. Em 1980 casei e em seguida engravidei . Foi uma surpresa e uma imensa alegria. Surpresa porque com o tratamento que eu tinha na época com apenas uma aplicação de insulina basal ao dia e controlando a glicemia com glicosúria meu controle não era dos melhores apesar de todo meu empenho e por causa disto quase nunca menstruava.
Eu sou carioca mas quando casei fui morar numa cidade pequena em Goiás longe tanto dos meus parentes quanto dos parentes do meu marido. Já tinha encontrado um endocrinologista na capital que ficava próxima e assim que engravidei ele indicou o obstetra que logo me tranquilizou dizendo que já tinha realizado vários partos de gestantes com diabetes. Eu usava nesta época uma insulina chamada Monotard (insulina monocomponente, suína) e por causa da gravidez meu endocrinologista acrescentou uma rápida(que chamavam de simples ou cristalina) chamada Actrapid que usava antes do café, almoço e do jantar o que melhorou o meu controle.
Eu sabia o que era uma gravidez de risco mas eram tantas pessoas se preocupando que preferi me concentrar nas alegrias da gravidez. Para terem uma ideia nem enxoval meu pai queria que eu comprasse. Minha mãe comprou tudo e só me deu perto do parto por muita insistência minha e o berço comprei contra a vontade deles. Tudo era medo e muito amor de que eu ficasse decepcionada caso não desse certo.
Meu primeiro filho nasceu em 1981 (Fernando) e o segundo (Caius) em 1982. As duas gestações foram muito parecidas. Só na do mais velho que tive uma intercorrência decorrente da posição em que o bebê ficou levando a uma dor em cólica semelhante a uma dor como se fosse um cálculo renal que passou quando a posição do bebê mudou o que demorou poucos dias. Não tive náuseas ou vômitos , aumentei poucos quilos e eu era uma felicidade só. Das duas vezes minhas pernas ficaram inchadas no final da gestação mas a pressão arterial estava normal e acho que era pelo peso deles. Foi desaparecendo aos poucos após os partos. Tive hipoglicemia nos 3 primeiros meses e com 3 meses de gestação fui liberada para praticar exercícios e como não encontrei nada específico para gestantes frequentava uma turma normal e só fazia alguns exercícios.
A noiva do meu filho mais velho me convidou para ajudá-la a decidir quanto a escolha do vestido de casamento. Quando que eu poderia sonhar ao ter meu diagnóstico de diabetes em 1972 que engravidaria duas vezes, teria a alegria de ver meus filhos crescerem, se formarem e casarem? E mais, sendo mãe apenas de meninos que ajudaria na escolha do vestido da noiva?
Eu tinha 18 anos quando descobri ser portadora de DM1 portanto tenho 43 anos de diabetes. Em 1980 casei e em seguida engravidei . Foi uma surpresa e uma imensa alegria. Surpresa porque com o tratamento que eu tinha na época com apenas uma aplicação de insulina basal ao dia e controlando a glicemia com glicosúria meu controle não era dos melhores apesar de todo meu empenho e por causa disto quase nunca menstruava.
Eu sou carioca mas quando casei fui morar numa cidade pequena em Goiás longe tanto dos meus parentes quanto dos parentes do meu marido. Já tinha encontrado um endocrinologista na capital que ficava próxima e assim que engravidei ele indicou o obstetra que logo me tranquilizou dizendo que já tinha realizado vários partos de gestantes com diabetes. Eu usava nesta época uma insulina chamada Monotard (insulina monocomponente, suína) e por causa da gravidez meu endocrinologista acrescentou uma rápida(que chamavam de simples ou cristalina) chamada Actrapid que usava antes do café, almoço e do jantar o que melhorou o meu controle.
Eu sabia o que era uma gravidez de risco mas eram tantas pessoas se preocupando que preferi me concentrar nas alegrias da gravidez. Para terem uma ideia nem enxoval meu pai queria que eu comprasse. Minha mãe comprou tudo e só me deu perto do parto por muita insistência minha e o berço comprei contra a vontade deles. Tudo era medo e muito amor de que eu ficasse decepcionada caso não desse certo.
Meu primeiro filho nasceu em 1981 (Fernando) e o segundo (Caius) em 1982. As duas gestações foram muito parecidas. Só na do mais velho que tive uma intercorrência decorrente da posição em que o bebê ficou levando a uma dor em cólica semelhante a uma dor como se fosse um cálculo renal que passou quando a posição do bebê mudou o que demorou poucos dias. Não tive náuseas ou vômitos , aumentei poucos quilos e eu era uma felicidade só. Das duas vezes minhas pernas ficaram inchadas no final da gestação mas a pressão arterial estava normal e acho que era pelo peso deles. Foi desaparecendo aos poucos após os partos. Tive hipoglicemia nos 3 primeiros meses e com 3 meses de gestação fui liberada para praticar exercícios e como não encontrei nada específico para gestantes frequentava uma turma normal e só fazia alguns exercícios.
Meu obstetra me aconselhou a ter a criança num hospital público porque no hospital particular eu não teria uma equipe de enfermagem preparada para gestação de alto risco, então me inscrevi no antigo INAMPS para ter direito ao atendimento. Disse também que quando fosse ter os bebês meu marido(que é médico) não poderia me visitar fora do horário de visitas para não ter problema com as outras parturientes mas que faria de tudo para que eu ficasse internada o tempo necessário para a alta do bebê. Fizemos tudo como combinado e das duas vezes fiquei 8 dias internada com eles.
A conduta com as gestantes diabéticas era diferente de hoje, mas tivemos êxito. Foram 2 cesarianas programadas para ocorrerem na 38ª semana. Fiz ultrassom(talvez 2 de cada vez) porém nem o sexo dava para ver direito. O obstetra fez amniocentese antes de marcar a data dos partos para verificar a maturidade dos pulmões e não precisei de corticoide.
Ainda não estavam maduros mas ele me garantiu que na época estariam. E fazia parte da rotina um mês antes da data provável do parto ficar deitada 3 vezes ao dia durante uma hora para contar quantas vezes mexiam (precisava ser no mínimo 100 vezes) e caso algo não estivesse como o esperado deveria contactá-lo o que não foi necessário fazer. O controle diário era com glicosúria e cetonúria. Solteira ainda cheguei a fazer dosagem da Hemoglobina glicada mas durante as gestações não fiz porque o exame ainda não era valorizado e segundo falavam muito instável e difícil de ser realizado. Era feito em jejum.
Antes do segundo parto os médicos conversaram comigo e aconselharam a não ter mais filhos e na segunda cesariana fiz a laqueadura das trompas. Após o primeiro parto fiz minha primeira angiografia com fluoresceína e estava tudo bem. Não tive nenhum problema com as cesarianas.
O mais velho nasceu com 4050g e o caçula com 4680g. Ambos tiveram hipoglicemia e só o primeiro hipocalcemia. O mais velho nasceu com um sopro no coração que desapareceu com 3 meses. E o caçula teve icterícia. Ambos cresceram saudáveis e são muito atenciosos e carinhosos comigo. Aprenderam que a mãe só podia cuidar deles se estivesse bem então era a mamãe que comia primeiro(mesmo que fosse em pé andando de um lado para o outro) e muitas vezes prepararam suco de laranja para as minhas hipoglicemias.
Com eles prestei atenção que insulina tinha cheiro e adoravam brincar com meu aparelho de fazer glicosúria.
Amamentei meus dois filhos. O mais velho (Fernando) por um mês foi apenas o meu leite porém como ele não ganhava peso o pediatra mandou complementar com outro leite. E o mais novo (Caius) durante 2 meses e meio apenas o meu leite.
Sou da época em que não havia internet e eu não mantinha contato com outros diabéticos tipo 1. Quando tudo começou não tinha ideia do que o futuro me reservava e sentia medo.
Procurei viver um dia de cada vez e me cuidando sempre, pensando nos meus meninos, meu marido e pessoas queridas. E acho que do limão fiz uma boa limonada. São 43 anos de DM1, com as complicações que começaram após 18 anos de diabetes controladas com a evolução e mudanças no tratamento. Usei bomba por 6 anos, no momento uso Tresiba e Novorapid e com o que considero um bom controle.
A Bomba é desejada por 9 entre 10, considerada tratamento de ouro. Considero tratamento de ouro o que dá certo. Caso precise usar novamente eu volto. Ela quebrou em fevereiro. Eu já estava providenciando a compra de outra, inclusive esperando que ela chegasse, quando me telefonaram dizendo que por boleto não se vendia mais.
Senti um alívio tão grande (para mim estava sendo uma tortura usá-la) que disse que conversaria com minha médica e depois voltaria a entrar em contato. Eu estava tendo muitas intercorrências com a bomba. A cada vez que trocava o cateter ficava sem saber se o local absorveria a insulina direito ou não. Teve uma vez que fiz 3 trocas seguidas chegando em uma delas a canalizar um vaso, o sangue subiu correndo pelo tubo . Sangue e ponta dobrada são fotos e mais fotos, toda vez fotografava as zebras. E isto fez a hemoglobina começar a subir... E eu a ficar mais insegura. O primeiro cateter que usei foi o de 17mm. Acabou com meu subcutâneo. Usei também o de 9 e ultimamente o de 6mm. Colocar com a mão direto sem o aplicador era melhor para eu saber se estava entrando direito porque sentia cada plano que ultrapassava, mas mesmo assim ainda dava erro.
Eu tinha mais de uma indicação para usar bomba: hipoglicemias de madrugada assintomáticas comprometendo minha qualidade de vida e lipodistrofia. Mas como, lipodistrofia, não sabe que precisa de rodízio? Este é um assunto delicado para mim. Faço rodízio mas meu problema parece ser imunológico. Sempre tive, por isto que sempre uso insulina que não são as mais tradicionais. Aquela insulina que falei que usava na gestação, quando comecei usar era importada, tudo para tentar minimizar as lipodistrofias que a NPH me causava. Com as insulinas antigas era mais fácil de acontecer mas continuo tendo lipodistrofia com as análogas.
Com a Tresiba e a Novorapid estou no paraíso, Há 10 dias estou com a glicemia dentro do padrão estipulado. Só domingo passado que tive um pós prandial de 180. Em 43 anos isto nunca aconteceu. Praticamente sem hipoglicemias.
Eu não faço do diabetes um problema até porque vivo muito bem, é difícil ter até um simples resfriado. Quando tive o diagnóstico de diabetes o que eu entendia era ser tudo uma questão de tempo e eu resolvi que procuraria fazer o melhor para que tudo demorasse muito a aparecer. Mas era bem difícil. Vivia e convivia apenas com não diabéticos e era preciso me virar nos 30 para dar certo. Meu marido sempre foi muito compreensivo, amigo e companheiro. Já me conheceu assim e foi o único que não saiu correndo ao saber do diabetes.
Sou uma sessentona até bem conservada...em insulina, deve ser. Já brincaram comigo dizendo isto.
Mãe de dois rapazes lindos e já formados, um em direito e outro em ciência da computação, pude vê-los crescer, educá-los e em breve poderei fazer o mesmo com meus netos... Tudo isso, porque não abri mão de mim, não abri mão deles, não abri mão da vida que tanto amo...Me comprometi com o tratamento numa época que não havia metade dos recursos atuais e hoje me regozijo com os avanços dos tratamentos que me proporcionam ainda mais qualidade de vida. Todos nós temos nossos altos e baixos, eu prefiro dar crédito aos altos.
A conduta com as gestantes diabéticas era diferente de hoje, mas tivemos êxito. Foram 2 cesarianas programadas para ocorrerem na 38ª semana. Fiz ultrassom(talvez 2 de cada vez) porém nem o sexo dava para ver direito. O obstetra fez amniocentese antes de marcar a data dos partos para verificar a maturidade dos pulmões e não precisei de corticoide.
Ainda não estavam maduros mas ele me garantiu que na época estariam. E fazia parte da rotina um mês antes da data provável do parto ficar deitada 3 vezes ao dia durante uma hora para contar quantas vezes mexiam (precisava ser no mínimo 100 vezes) e caso algo não estivesse como o esperado deveria contactá-lo o que não foi necessário fazer. O controle diário era com glicosúria e cetonúria. Solteira ainda cheguei a fazer dosagem da Hemoglobina glicada mas durante as gestações não fiz porque o exame ainda não era valorizado e segundo falavam muito instável e difícil de ser realizado. Era feito em jejum.
Antes do segundo parto os médicos conversaram comigo e aconselharam a não ter mais filhos e na segunda cesariana fiz a laqueadura das trompas. Após o primeiro parto fiz minha primeira angiografia com fluoresceína e estava tudo bem. Não tive nenhum problema com as cesarianas.
O mais velho nasceu com 4050g e o caçula com 4680g. Ambos tiveram hipoglicemia e só o primeiro hipocalcemia. O mais velho nasceu com um sopro no coração que desapareceu com 3 meses. E o caçula teve icterícia. Ambos cresceram saudáveis e são muito atenciosos e carinhosos comigo. Aprenderam que a mãe só podia cuidar deles se estivesse bem então era a mamãe que comia primeiro(mesmo que fosse em pé andando de um lado para o outro) e muitas vezes prepararam suco de laranja para as minhas hipoglicemias.
Com eles prestei atenção que insulina tinha cheiro e adoravam brincar com meu aparelho de fazer glicosúria.
Amamentei meus dois filhos. O mais velho (Fernando) por um mês foi apenas o meu leite porém como ele não ganhava peso o pediatra mandou complementar com outro leite. E o mais novo (Caius) durante 2 meses e meio apenas o meu leite.
Sou da época em que não havia internet e eu não mantinha contato com outros diabéticos tipo 1. Quando tudo começou não tinha ideia do que o futuro me reservava e sentia medo.
Procurei viver um dia de cada vez e me cuidando sempre, pensando nos meus meninos, meu marido e pessoas queridas. E acho que do limão fiz uma boa limonada. São 43 anos de DM1, com as complicações que começaram após 18 anos de diabetes controladas com a evolução e mudanças no tratamento. Usei bomba por 6 anos, no momento uso Tresiba e Novorapid e com o que considero um bom controle.
A Bomba é desejada por 9 entre 10, considerada tratamento de ouro. Considero tratamento de ouro o que dá certo. Caso precise usar novamente eu volto. Ela quebrou em fevereiro. Eu já estava providenciando a compra de outra, inclusive esperando que ela chegasse, quando me telefonaram dizendo que por boleto não se vendia mais.
Senti um alívio tão grande (para mim estava sendo uma tortura usá-la) que disse que conversaria com minha médica e depois voltaria a entrar em contato. Eu estava tendo muitas intercorrências com a bomba. A cada vez que trocava o cateter ficava sem saber se o local absorveria a insulina direito ou não. Teve uma vez que fiz 3 trocas seguidas chegando em uma delas a canalizar um vaso, o sangue subiu correndo pelo tubo . Sangue e ponta dobrada são fotos e mais fotos, toda vez fotografava as zebras. E isto fez a hemoglobina começar a subir... E eu a ficar mais insegura. O primeiro cateter que usei foi o de 17mm. Acabou com meu subcutâneo. Usei também o de 9 e ultimamente o de 6mm. Colocar com a mão direto sem o aplicador era melhor para eu saber se estava entrando direito porque sentia cada plano que ultrapassava, mas mesmo assim ainda dava erro.
Eu tinha mais de uma indicação para usar bomba: hipoglicemias de madrugada assintomáticas comprometendo minha qualidade de vida e lipodistrofia. Mas como, lipodistrofia, não sabe que precisa de rodízio? Este é um assunto delicado para mim. Faço rodízio mas meu problema parece ser imunológico. Sempre tive, por isto que sempre uso insulina que não são as mais tradicionais. Aquela insulina que falei que usava na gestação, quando comecei usar era importada, tudo para tentar minimizar as lipodistrofias que a NPH me causava. Com as insulinas antigas era mais fácil de acontecer mas continuo tendo lipodistrofia com as análogas.
Com a Tresiba e a Novorapid estou no paraíso, Há 10 dias estou com a glicemia dentro do padrão estipulado. Só domingo passado que tive um pós prandial de 180. Em 43 anos isto nunca aconteceu. Praticamente sem hipoglicemias.
Eu não faço do diabetes um problema até porque vivo muito bem, é difícil ter até um simples resfriado. Quando tive o diagnóstico de diabetes o que eu entendia era ser tudo uma questão de tempo e eu resolvi que procuraria fazer o melhor para que tudo demorasse muito a aparecer. Mas era bem difícil. Vivia e convivia apenas com não diabéticos e era preciso me virar nos 30 para dar certo. Meu marido sempre foi muito compreensivo, amigo e companheiro. Já me conheceu assim e foi o único que não saiu correndo ao saber do diabetes.
Sou uma sessentona até bem conservada...em insulina, deve ser. Já brincaram comigo dizendo isto.
Mãe de dois rapazes lindos e já formados, um em direito e outro em ciência da computação, pude vê-los crescer, educá-los e em breve poderei fazer o mesmo com meus netos... Tudo isso, porque não abri mão de mim, não abri mão deles, não abri mão da vida que tanto amo...Me comprometi com o tratamento numa época que não havia metade dos recursos atuais e hoje me regozijo com os avanços dos tratamentos que me proporcionam ainda mais qualidade de vida. Todos nós temos nossos altos e baixos, eu prefiro dar crédito aos altos.
Mapa do Descaso Diabetes Brasil
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Material de pesquisa e apoio sobre diabetes
O Blog A Diabetes e Eu está com uma ação mt importante que irá ajudar diabéticos a médio e a longo prazo, trata-se de um " levantamento que buscará mostrar num mapa do Brasil onde estão esses problemas para que possamos cobrar a criação, implantação e o funcionamento das políticas públicas para essa área."
Clique neste link e responda as perguntas, é rápido,fácil e irá nos ajudar mt.
Cristiane: A vontade de me tornar mãe fez minha glicada baixar
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Mães Diabéticas
Meu nome é Cristiane Regina de Souza, tenho 31 anos de idade e sou diabética tipo 1 há 25 anos, sou da fase do diabetes onde se fazia testes com a glicofita, e tomava insulina suína, da época onde as seringas eram de vidro, e a cada aplicação era preciso fervê-las para poder usar, meus pais sofreram com o diagnóstico, mas me ensinaram muito bem como tratar a doença, mas é claro que tudo não foi mil maravilhas rsrs, com o passar do tempo o diabético fica um pouco revoltado com a doença, mas o meu desejo de um dia ser mãe era muito mais forte do que a revolta com a doença, foi o que me manteve firme no tratamento, claro que pisei na bola algumas vezes, mas graças a Deus até o momento não possuo nenhuma complicação grave como doenças vasculares, retinopatia diabética, nefropatia diabética.
O ano passado eu quis muito engravidar, devido já ter ao meu um companheiro maravilhoso, e também minha idade já estar chegando nos 3.0 rsrsrs, foi quando eu e meu companheiro decidimos tentar, 3 meses após a decisão descobri que estava grávida, fiquei surpresa com a rapidez, pois como tenho o útero retrovertido, pensei que iria demorar um pouco mais, então comecei a maratona de mais e mais exames de diabetes, minha glicada estava em 8.2, não estava boa, mas a esperança de baixá-la e fazer tudo para o a gravidez fosse tranquila era minha meta.
Infelizmente devido a grandes hipos que eu tinha durante a madrugada, eu perdi meu bebê com 8 semanas de gestação, nossa!!! Fiquei muito arrasada, era uma sementinha mas o amor que já tínhamos era inexplicável, foi então que prossegui, a vida tinha que continuar.
Passaram-se 6 meses, começamos a tentativa novamente, minha glicada já estava em 7.2, e minhas informações sobre a diabetes bem mais avançadas, buscava de tudo para saber como fazer o melhor controle, comecei a pagar um plano particular e fazer contagem de carboidratos, de tudo mesmo para que meu corpo estivesse impecável para receber mais uma sementinha linda, foi então que em 24/07/2015 fiz um teste de farmácia, elá estava dois risquinhos.

Nossa!!!! A felicidade transbordou meu coração novamente. Hoje estou de 5 meses de gestação, as primeiras 12 semanas foram ansiosas, pois tinha muito medo (e ainda tenho) de pecar em algum ponto, fiz e to fazendo de tudo para que nossa linda menina venha saudável e que minha diabetes fique impecável até o fim da gestação, (ops. Esqueci de contar, é isso mesmo, é uma menina), sei que numa gestação de diabética tipo 1 o ultimo trimestre é um pouco preocupante, mas minha fé em Deus é maior que tudo, e ELE nos abençoou e nos abençoará até o fim. Neste mês de novembro fiz os exames que venho fazendo todos os meses e minha glicada está em 6.9, e nossa sementinha está bem graças a Deus, seu nome será Lyra Alícia, e rezamos e nos cuidamos todos os dias para que tudo ocorra da melhor forma possível, pois logo logo terei ela aqui em nossos braços.
Agradeço a oportunidade de contar um pouquinho da minha história para você Kath, e para todos que tiraram um tempinho para ler, ser diabético não é fácil, todos que somos sabemos que nossa vida é uma maquininha, uma contagem, um reloginho, mas todo sacrifício vale a pena quando se tem um sonho, desde criança meu sonho sempre foi um dia ser mãe, já escutei muitas coisas, mas se Deus me deu essa autorização, é dele que vem minhas forças, e tudinho vale a pena, tudinho mesmo, se cuidem, se preparem, e acima de tudo acredite que você pode tudo naquele que te fortalece, aquele que te prepara.
Beijo no coração de todos!!!!
Com amor:
Cris Souza e Lyra Alícia!!!!
O ano passado eu quis muito engravidar, devido já ter ao meu um companheiro maravilhoso, e também minha idade já estar chegando nos 3.0 rsrsrs, foi quando eu e meu companheiro decidimos tentar, 3 meses após a decisão descobri que estava grávida, fiquei surpresa com a rapidez, pois como tenho o útero retrovertido, pensei que iria demorar um pouco mais, então comecei a maratona de mais e mais exames de diabetes, minha glicada estava em 8.2, não estava boa, mas a esperança de baixá-la e fazer tudo para o a gravidez fosse tranquila era minha meta.
Infelizmente devido a grandes hipos que eu tinha durante a madrugada, eu perdi meu bebê com 8 semanas de gestação, nossa!!! Fiquei muito arrasada, era uma sementinha mas o amor que já tínhamos era inexplicável, foi então que prossegui, a vida tinha que continuar.
Passaram-se 6 meses, começamos a tentativa novamente, minha glicada já estava em 7.2, e minhas informações sobre a diabetes bem mais avançadas, buscava de tudo para saber como fazer o melhor controle, comecei a pagar um plano particular e fazer contagem de carboidratos, de tudo mesmo para que meu corpo estivesse impecável para receber mais uma sementinha linda, foi então que em 24/07/2015 fiz um teste de farmácia, elá estava dois risquinhos.

Nossa!!!! A felicidade transbordou meu coração novamente. Hoje estou de 5 meses de gestação, as primeiras 12 semanas foram ansiosas, pois tinha muito medo (e ainda tenho) de pecar em algum ponto, fiz e to fazendo de tudo para que nossa linda menina venha saudável e que minha diabetes fique impecável até o fim da gestação, (ops. Esqueci de contar, é isso mesmo, é uma menina), sei que numa gestação de diabética tipo 1 o ultimo trimestre é um pouco preocupante, mas minha fé em Deus é maior que tudo, e ELE nos abençoou e nos abençoará até o fim. Neste mês de novembro fiz os exames que venho fazendo todos os meses e minha glicada está em 6.9, e nossa sementinha está bem graças a Deus, seu nome será Lyra Alícia, e rezamos e nos cuidamos todos os dias para que tudo ocorra da melhor forma possível, pois logo logo terei ela aqui em nossos braços.
Agradeço a oportunidade de contar um pouquinho da minha história para você Kath, e para todos que tiraram um tempinho para ler, ser diabético não é fácil, todos que somos sabemos que nossa vida é uma maquininha, uma contagem, um reloginho, mas todo sacrifício vale a pena quando se tem um sonho, desde criança meu sonho sempre foi um dia ser mãe, já escutei muitas coisas, mas se Deus me deu essa autorização, é dele que vem minhas forças, e tudinho vale a pena, tudinho mesmo, se cuidem, se preparem, e acima de tudo acredite que você pode tudo naquele que te fortalece, aquele que te prepara.
Beijo no coração de todos!!!!
Com amor:
Cris Souza e Lyra Alícia!!!!
Foi com muito esforço e coragem que conseguimos realizar nosso sonho
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Mães Diabéticas
Meu nome é Aline, sou DM1 há 10 anos,
uso LANTUS, Novorapid e faço contagem de carboidratos.
Lembro que ao saber o que era o
diabetes e que eu seria uma diabética foi tenso, porem ao longo dos anos fui me
adaptando e tentando manter um certo controle dentro do que era possível.
Me casei, e em fevereiro-2015 fui ao
meu endócrino e lhe comuniquei sobre minha decisão de engravidar. Sua reação
não foi nada boa, porque minha glicada estava 13,8% e a resposta que ele me deu
foi "Não faça isso porque você nao segura a criança!". Nesta mesma
consulta começamos a contagem de carboidratos e eu decidi, junto do meu marido,
que nao iriamos nos prevenir. Um mês depois foi a data da minha ultima
menstruação (25/03).
Dia 23/04 veio o positivo, uma
alegria sem explicação, primeiro choramos igual criança e depois passamos horas
(pra nao falar dias) rindo a toa. Em maio (2° mes de gestaçao) eu tinha retorno
com meu endócrino e repeti os exames...glicada 9,8%...a frase desta vez foi
"Não passa do terceiro mês de gestação, certamente voce vai ter um
aborto..." Sim, eu chorei muito os três primeiros meses, tive medo, me
desesperei muitas vezes e apesar de odiar e me incomodar muito, eu agradecia
por cada enjoo...assim eu sabia que meu bebe estava desenvolvendo, por isso meu
corpo estava reagindo.
Voltamos ao médico final do 5° mês de
gestação, poucas semanas antes da tão sonhada e temida ultrasson morfológica. A
glicada estava 8,6% (fazia anos que eu nao via um valor tao baixo, para mim era
uma vitória, mas...) e a primeira pergunta que ele me fez foi "Ainda não
deu nenhuma má formação no seu bebe?", eu respondi que nao e ao abrir meus
exames ele disse "Com esses valores você vai perder seu bebe
jaja...", eu apenas engoli seco aquelas palavras e continuei calada...sai
do consultório arrasada e as semanas até o dia da ultrasson demoraram uma vida.
Chegou o grande dia! Eu, marido e
minha mãe na sala de ultrassom, coração a mil, não sabia o que
pensar...começamos o exame com a linda confirmação, E UM MENINO!!! Saímos de
la realizados, nosso garoto eh perfeito, todos os órgãos formados e funcionando
perfeitamente!
Voltei ao medico no sétimo mês,
glicada 7,8% e preparada psicologicamente para mais uma frase idiota dele...mas
não! Ele apenas me elogiou e a consulta seguiu normalmente.
Estamos no 8° mês agora...a ansiedade
esta a mil,aguardando Gabriel Henrique. Meu GO sempre me alertou sobre o risco
do bebe crescer muito por conta da minha glicemia e termos que fazer o parto
antecipadamente...mas querem mais noticias boas? No último ultrasson ele estava
totalmente dentro da média! 31 semanas de gestação com 42 cm e 1,800kg.
Muitos me disseram para trocar de
medico, que era um absurdo ele me dizer aquelas coisas e eu concordo
totalmente, ele foi ate desumano comigo, mas eu faço questão de quando meu bebe
nascer, leva-lo comigo em uma consulta e mostrar ao médico o poder de Deus.
Sabe porque? Promessa de Deus nao falha, quando voce entrega sua vida nas mãos
Dele, não há médico, não há doença, não há nada que possa mudar Seus planos!
Ainda convivemos com o risco do bebe
ter hipoglicemia quando nascer, mas quer saber? Eu tenho convicção de que não
terá!
Estamos loucos para que esse ultimo mês passe logo e ver o rostinho e o cheirinho do nosso anjinho Gabriel!
Não desistam de seus sonhos, porque para Deus, NADA e impossivel!
Estamos loucos para que esse ultimo mês passe logo e ver o rostinho e o cheirinho do nosso anjinho Gabriel!
Não desistam de seus sonhos, porque para Deus, NADA e impossivel!
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