"Tenho Diabetes Tipo 1 , escrevi minha própria história e constitui minha família. Nada nesta vida nos impossibilita de alcançarmos nossos objetivos, ainda que tenhamos que adaptá-los a nossa realidade, seja ela qual for."
Eu sou Kath Diabética Tipo I, tenho diabetes há 9 anos e 10 meses,uso bomba de insulina, casada com o Anderson, mãe do Davi, sou formada, tenho um emprego, exerço minhas inúmeras funções sociais, tenho informações sobre o diabetes, as utilizo e mesmo diante da loucura que é a vida, quem controla o DIABETES sou EU. Há coisas que só nós podemos fazer, mesmo que cercados de pessoas que nos amam!
14 de Novembro Dia Mundial do Diabetes
BLOG DIABETES E VOCÊ, pela maternidade de mulheres com diabetes.
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Tenho diabetes tipo 1 e sou pai!
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Mães Diabéticas
Olá, me chamo Daniel
Ramalho, moro no Rio de Janeiro, tenho 42 anos de idade, 8 anos de diabetes
tipo 1, sou casado com uma argentina que me atura há 7 anos e há 5 meses me
tornei o papai com diabetes mais babão do mundo (risos).
Quando me perguntam o que eu
faço da vida, costumo dizer que definir minha profissão é algo que merece um
estudo que ainda não tive tempo de fazer, justamente por me dedicar a muitas
coisas! Hahaha!
Formalmente, sou um dos
diretores de uma escola há 19 anos e para a maioria, essa é a minha profissão:
empresário e administrador escolar. É inegável que essa é minha atividade
principal, pois é de onde vem meu sustento, mas não posso deixar de agregar,
sempre que me perguntam, que também sou compositor, ator, escritor, professor,
pedagogo, jornalista, blogueiro, surfista, bodyboarder, comunicador de uma
forma geral e tem muito mais rótulos para mim, pois realmente eu não paro
quieto e recentemente adicionei o que eu mais gosto: pai!
Sobre o tratamento do
diabetes, posso dizer que me dou bem com minhas rotinas. Desde o diagnóstico
utilizo as insulinas NPH e Asparte (Novorapid), com seringas e canetas. Nunca
havia sentido necessidade de mudá-las, pois os exercícios físicos e uma boa
dieta sempre foram grandes aliados de meu tratamento, mas com uma antiga lesão
na perna que voltou a incomodar há um ano, diminui meu ritmo e frequência de
treinos, o que acabou complicando para manter os níveis glicêmicos satisfatórios
na maior parte do tempo. Acabei ganhando indesejáveis 6 quilinhos.
Quanto ao peso, estou
melhorando minha dieta e fazendo os exercícios com maior frequência e cuidado,
mas no tocante à insulina, confesso que estou estudando a possibilidade com o
meu médico de mudar para a Lantus. O custo do tratamento ainda é um fator que
pesa bastante nessa decisão, mas ter uma maior estabilidade da glicemia nos
dias em que não posso fazer exercício, é algo bem tentador e que devo decidir
logo para evitar qualquer tipo de complicação do diabetes. Até agora não tive
nenhuma e espero não ter.
Receber o diagnóstico de DM1
aos 34 anos (eu já estava praticamente fora do que se considera normal para a
manifestação do tipo 1) não foi nada agradável, mas tampouco baixei minha
cabeça.
A primeira reação foi de
incredulidade, preferia pensar que havia algum erro no exame e no mesmo dia
consegui ser atendido por um médico. Procurei qualquer um, tal era a minha ansiedade
para saber se era verdade ou não (risos). Eu sabia que era, mas precisava que
um profissional me dissesse. E ele, um médico muito figura, me disse sorrindo,
quase debochando, pois eu mesmo estava fazendo graça com a situação, que era
verdade.
Aceitei! Não tinha o que
fazer mesmo... Imediatamente pedi que me passasse todos os exames que pudesse
para fazer, pois se houvesse algo mais, aquela era a hora de saber e enfrentar.
Foram quase 100 exames! Hahaha!
Só consegui ser atendido por
um endocrinologista 3 semanas depois e esse foi o tempo que aproveitei para a
maioria dos exames solicitados pelo outro doutor. A vantagem de toda essa
demora é que eu já cheguei ao consultório do especialista conhecendo a doença,
pois “devorei” todas as fontes de informações sobre diabetes que pudesse ler
nesse tempo, além de já levar dados importantes dos exames como já saber que
era tipo 1, já estar monitorando a glicemia com o glicosímetro, levar anotações
detalhadas das glicemias de vários dias e em várias situações e momentos
diferentes desses dias, já ter voltado a uma rotina de exercícios físicos,
enfim, eu não iria me entregar fácil e o endócrino encorajou minha atitude.
Precisava seguir nessa
pegada, mas então, 3 dias antes de completar um mês do diagnóstico e 1 semana
após a primeira consulta com o endocrinologista, veio um divórcio e as coisas
se complicaram bastante. Com todo o estresse que envolve esse tipo de situação,
conheci o que chamo de “gangorra glicêmica”: quando por mais que você esteja
fazendo tudo corretamente, sua glicemia torna-se praticamente imprevisível e
incontrolável.
Naquele momento conheci a rebeldia, a revolta e o medo que todos
diziam rondar o diabetes.
Foram mais um dois meses até
que conseguisse começar a estabilizar minha vida e minha glicemia novamente,
mas foram dois meses de muita luta, persistência, autoconhecimento,
frustrações, dor e tudo isso sem deixar de acreditar que a felicidade sempre
seria a minha maior meta. Foi isso que me deu força. Foi a crença de que a vida
estava me batendo naquele momento para que eu fosse mais feliz no futuro, que
me fez levantar novamente.
Apostei, corri atrás e
consegui: 3 meses após um diagnóstico de uma doença crônica seguido de um
divórcio, eu estava de pé novamente, havia descoberto forças em meu próprio
coração que até então desconhecia e já estava pronto para a reconstrução de
sonhos, mas com um elemento a mais, o cuidado com o diabetes.
Assim foi o meu diagnóstico,
cheio de altos e baixos, mas marcado por uma característica minha que já
conhecia, porém nunca havia me dado conta: a resiliência, a capacidade de
reagir perante situações adversas e superá-las. Tenho muito orgulho desse
momento e de outras situações que poderiam ter me deixado acomodado na posição
de vítima da vida, mas que preferi reagir e superar os desafios.
A partir daí, desenvolvi uma
ótima relação com meu endocrinologista, com muita conversa e troca de
informações. Manter a glicemia controlada diante disso, desse envolvimento
entre médico e paciente, torna-se muito mais prazeroso e eficaz no tratamento.
Não, não é fácil, mas fica menos complicado. Ainda assim convivo com todas as
dificuldades que qualquer DM convive: hipos e hipers estão sempre nos fazendo
uma visitinha, aliás hoje tive uma hipo noturna (risos).
Com minha atual esposa a
coisa funciona muito bem. Desde que a conheci, ela sabe de minha condição,
quando ainda nem estávamos juntos. Ela me alerta nas horas em que tenho meus
deslizes (quem não os têm?), está sempre lembrando dos horários da insulina quando
me esqueço, adere à minha alimentação em casa... Ela é muito tranquila, já
conhece bem o diabetes, pois já lhe dei várias aulas (risos) e me ajuda
bastante no tratamento.
Meus maiores medos se
referem às hipos noturnas, mas já a instruí como proceder caso ocorra um
desmaio ou algo assim. Normalmente acordo e nunca tive grandes problemas além
da fome insaciável (risos). Me cuido também objetivando evitar complicações,
pois ficaria muito triste em dificultar minha prática esportiva e locomoção.
Atualmente comenta-se um
pouco mais, mas ainda não o suficiente, sobre uma das coisas que considero mais
tristes no diabetes: a maior possibilidade de desenvolver uma depressão. Poucos
são os que realmente entendem o que é esse quadro e a maioria não dá a devida importância.
Muitos cuidam apenas da parte corporal, mas a mente merece uma atenção urgente.
É muito comum nos depararmos
com pessoas que convivem com o diabetes em situações muito tristes na questão
do ânimo de viver e de lutar. Infelizmente vejo que ceder à revolta é um
caminho muito mais frequente para os DMs do que a vontade de aceitar o
diagnóstico e se aliar ao tratamento. Ainda há muita resistência a buscar-se a
ajuda de um psicólogo, o que, para mim, é lamentável. Informar-se bastante
sobre o diabetes e um ter apoio psicológico de um profissional, pelo menos nos
primeiros meses de diagnóstico, são partes importantes do tratamento que com
frequência são esquecidas. Depressão é coisa séria e merece ser tratada como
tal.
Eu me protejo, faço minhas
atividades físicas que ajudam no equilíbrio da química corporal e aumentam a
sensação de felicidade, escolho boas leituras para cuidar de minhas glicemias e
injetar minha dose diária de alto astral na mente, quer dizer: se alguma deprê
se aproximar, eu chuto ela pra longe (risos)!
No início de 2014, como
forma de aprender mais e melhorar meu tratamento, passei a frequentar grupos
sobre diabetes no Facebook. Gostei muito da experiência e procurei algum que se
dedicasse à importância dos esportes no tratamento do diabetes, pois, como
filho de ex-professor de educação física, desde criança sou praticante e um
grande entusiasta das atividades esportivas, principalmente das radicais e as
que me colocam em contato com paisagens naturais.
Não encontrei e, notando que
muitos curtiam o que eu postava e comentava, resolvi criar um que abordasse
essa relação: surgiu o DIABETES ESPORTE & NATUREZA.
A recepção foi ótima, em
pouco tempo já tínhamos um número expressivo de membros no grupo e surgiu então
a ideia de colocar alguns de meus talentos para fazer um trabalho bacana com
todos: daí nasceu o vídeo NÓS PODEMOS TUDO, lançado no Dia Mundial do Diabetes
de 2014, com música, texto, narração, direção, edição minhas e a participação
de vários membros do DEN. Quem se interessar e quiser ver o vídeo, que já foi
apresentado até em um Festival de Curta Metragens em Porto Alegre em 2014, é só
clicar no link:
O DIABETES ESPORTE E NATUREZA
não parou de crescer, ganhou blog, em seguida a página no Facebook e a cada dia
mais me aprimoro na tarefa de levar um pouco de ânimo, informação e bom astral
a quem precisa se levantar e cuidar de sua saúde. Estudo muito para isso.
Com o crescimento da página,
acabei optando por fechar o grupo onde tudo começou, pois, com tanto trabalho,
seria irresponsável de minha parte deixá-lo aberto sem uma moderação à altura,
principalmente com tantos profetas da cura inexistente andando por aí.
Atualmente estamos presentes
no Blog www.diabetesesporteenaturezacom.br,
Facebook, Instagram, Twitter e Youtube, sempre levando uma mensagem positiva
que a cada dia considero ganhar em qualidade, sobre tudo a partir do início de
minha pós-graduação, que agora termino, em Psicologia Positiva e Coaching.
Vejo no trabalho realizado
em grupos e blogs um grande incentivador e esclarecedor daqueles que tem
dificuldade em lidar com a disfunção. São muitas as abordagens e enfoques dos
vários blogueiros envolvidos nessa missão e sempre há uma página com a qual qualquer
pessoa que queira buscar informações e apoio irá se identificar. O melhor de
tudo é que na maioria das vezes, tanto grupos como blogs são criados e
administrados por pacientes ou familiares que cuidam de pacientes, colocando em
pauta o que há de mais íntimo e importante para a vida de quem tem diabetes:
suas dificuldades, dilemas, dúvidas, curiosidades, revoltas, superações, opções
de tratamento, situações divertidas, enfim, uma enorme variedade de opções de
temas, todos em torno do DM, que dificilmente serão discutidos em consultórios
médicos, obviamente, sempre deixando claro que toda e qualquer prescrição ou
mudança no tratamento deve ser feita por médicos habilitados e presencialmente.
O papel do blogueiro,
falando resumidamente, é fazer essa ponte entre o tratamento prescrito pelo
médico e outros profissionais da saúde e a realidade vivida pelo paciente,
tendo em vista que no diabetes, o que funciona com um, não necessariamente
funcionará com outra pessoa da mesma forma, tornando-se a informação e
interação com outras pessoas com diabetes, fator importantíssimo no avanço do
autoconhecimento e na busca de um tratamento adequado a cada pessoa.
Voltando ao papel de minha
família em meu tratamento, sempre contei com o apoio de minha esposa, pais,
sobrinho (que também é DM1, mas desde os 7 anos) entre outros. Tudo torna-se
mais fácil quando sua base familiar é composta por pessoas que entendem sua
situação, mas, repito, nunca é fácil e o maior desafio estou enfrentando agora:
a paternidade, super planejada, mas que sempre reserva muitas surpresas.
Considero o papel do pai
menos complicado do que o da mãe em vários aspectos, mas nem por isso as coisas
são fáceis para nós. Quando colocamos o elemento diabetes nesse meio, aí o
papel feminino complica ainda mais. Nutro uma enorme admiração pelas mães DMs e
as mães pâncreas. São tarefas complicadíssimas lidar com os altos e baixos de
uma gravidez com diabetes, bem como merece aplausos a mãe que enfrenta a
difícil tarefa de cuidar de seus Docinhos, lidando com questões tão complexas,
para cuidar de um corpo que não é o seu, tendo que, muitas vezes, tentar
“adivinhar” o que está acontecendo com seus filhos por eles não saberem se
expressar como um adultos.
A gravidez de minha esposa
foi muito tranquila em comparação a muitas outras que conheço. Conseguimos, com
certa facilidade, lidar com minhas rotinas e poucos foram os sustos com a bebê
ainda no ventre, portanto, as “gangorras glicêmicas” não se fizeram muito
presentes nesse momento... pelo menos não com a gravidez como motivo (risos).
Talvez minha maior
preocupação tenha sido justamente a de minha esposa desenvolver uma DM
gestacional, o que, ainda bem, jamais nem chegou perto de acontecer, ficando o
maior estresse para o momento do nascimento: devido a uma preeclampsia o parto
foi adiantado em 18 dias e só ficamos sabendo disso poucas horas antes do
nascimento. Vocês podem imaginar a correria e o receio de que a bebê entrasse
em sofrimento, não é? Minhas glicemias devem ter ficado uma loucura, pois a
adrenalina era tanta que nem me lembro delas. Hahaha!
Como pai e DM1 posso dizer
que no início, como tudo na vida, foi uma questão de adaptação. O ponto mais
complicado, que é a amamentação, fica a cargo da mãe. Adaptar nossos horários
aos dela foi difícil, mas um grande prazer que só me afetou mais a glicemia nos
primeiros dias por conta das noites em claro. A felicidade era tanta que por
vezes esqueci de tomar minha insulina, mas nada que não pudesse contornar.
Gosto de fazer parte de tudo, de cada momento e para mim não tem esse papo de
homem não fazer isso ou aquilo: quem está na chuva é para se molhar (risos) e
não teria o direito nem a cara de pau de jogar tudo na mão da mãe: acordo no
meio da noite, faço dormir de novo, se tem que trocar fralda é comigo mesmo, preparo
e dou mamadeira, banho... Só não corto as unhas de minha pequenina porque tenho
um medo danado de, com minha habilidade manual e miopia, arrancar parte de seu
dedinho (risos).
A coisa só veio a complicar
bastante há umas três semanas: terminou a licença-maternidade de minha esposa e
com sua volta ao trabalho houve a necessidade de reformularmos nossa vida. Por
um lado passei a ganhar mais tempo com minha filha, o que não tem preço, pois
minha esposa sai mais cedo para trabalhar e eu fiquei com as tarefas de complementar
a amamentação com a mamadeira, prepará-la e levá-la para a creche/berçário, que
é a uma quadra do meu trabalho. Eu também a busco e levo para casa, com isso
sobra pouco tempo para a tarefa que considero das mais importantes do tratamento:
os exercícios físicos.
Ainda estamos nos
organizando, mas a verdade é que tem sido bem difícil manter uma disciplina de
atividades esportivas com essa mudança em minha vida, em alguns momentos por
falta de horário e outras pelo cansaço. Essa situação se complica um pouco mais
com o fato de estar fazendo duas monografias para pós-graduações que estou
terminando, além do trabalho com o blog DIABETES ESPORTE & NATUREZA. Haja
gerenciamento de tempo nessa vida! Hahahaha!
Hoje mesmo está sendo
bastante complicado, pois tive uma hipo noturna na última madrugada e logo cedo
pela manhã, minha pequena Maria Luz resolveu que não dormiria mais (risos).
Estou me sentindo um zumbi no trabalho, pois costumo ter dificuldade para dormir
após as hipos noturnas e, com isso, as glicemias de hoje também não estão nada
animadoras. Mas é como disse anteriormente, como tudo na vida, precisamos estar
em constante adaptação às novidades. O que importa é que estou podendo exercer
meu papel de pai por mais tempo do que esperava e estou amando tudo isso
(risos).
Sendo DM1, tenho sim o medo
de que minha filha, ou outro que também planejamos para daqui a algum tempo,
também venham a ter diabetes. Converso bastante com a pediatra dela sobre isso
e tomamos todos os cuidados na observação de possíveis sintomas. Se tiver que
vir, virá, pois o tipo 1 não se pode evitar, mas confesso que rezo todos os dias
para que isso não aconteça, e se aparecer, que possamos agir com rapidez para
evitar mais problemas.
Em 2002 perdi um irmão por
complicações do diabetes e tenho também um sobrinho (nada pequeno, pois tem a
minha idade) DM1 desde os 7 anos. A família também suspeita que um de meus avós
tenha falecido em 1959 por complicações de um diabetes não diagnosticado, pois
não costumava consultar médicos. Com esse histórico familiar, é impossível não
temer, mas se a vida quiser nos impor mais esse desafio, o encararemos como
todos os problemas: com força, garra, vontade de perseverar, jamais permitindo
que o desânimo nos abale a ponto de nos paralisar. Superação acima de tudo!
Já me acostumei a falar com
minha filhinha enquanto tomo minha insulina, mostrar a ela a seringa como se já
falasse e entendesse. Hahaha! E o pior é que ela me dá toda a atenção! Hahaha! Um
dia ela poderá cuidar de mim, pois farei questão de ensinar tudo sobre minha
disfunção. Será um reforço e tanto para o meu tratamento. Será não, é! Ao vê-la
nascer ganhei a maior motivação para me cuidar cada dia melhor: poder ver minha
bebê crescer e participar de sua vida o máximo de tempo que a minha saúde me
permitir. Minha pequena valente, já encarou suas seringas também com as
necessárias vacinações pela qual passam os bebês. Em algumas ela nem chorou e
acredito que vem aí uma grande guerreira para me ensinar ainda mais!
Seria leviano de minha parte
dizer que gosto de ter diabetes. Não... Definitivamente não! Tampouco posso
dizer que odeio tudo o que veio com o diabetes. Se seringas, agulhadas, furadas
nos dedos e momentos de fome em que temos que ser fortes às vezes nos tiram do
sério, há, por outro lado, o orgulho da superação diária, as lições de
persistência e força, as pessoas melhores que, se permitirmos, aflorarão para
contrabalancear aquilo que nos aflige.
Considero-me uma pessoa
muito mais madura, forte, persistente e vitoriosa depois do diagnóstico, mas
isso só foi possível porque a vida me apresentou duas opções: sofrer de
diabetes ou viver com diabetes. Eu escolhi a segunda opção, pois não há nada
nessa vida que não possamos fazer se seguirmos nossas responsabilidades.
Aceitemos todos a nossa
condição, convivamos em paz com ela, cuidemos de nossa saúde e jamais deixemos
que alguém nos diga que não podemos isso ou aquilo. NÓS PODEMOS TUDO! Basta que
nos informemos e façamos nossa programação.
Quando fui diagnosticado e
comecei meu divórcio, pensei que a vida houvesse se fechado para mim e que
nunca mais me recuperaria. Não só me recuperei como conquistei coisas que
jamais imaginaria que conseguiria.
Não permitam que alguém diga
que vocês não podem isso ou aquilo por terem diabetes. As limitações só existem
em nossas mentes se permitimos que elas ali façam morada. Libertem-se, bem como
a seus sonhos, através da informação sobre nossa enfermidade e do
autoconhecimento.
Existe uma linda vida
esperando a cada um de nós, mas ela só se apresentará quando nos comprometermos
em aceitar que os espinhos fazem parte da caminhada e que a felicidade é o
caminho.
Um grande abraço,
DANIEL RAMALHO
DIABETES ESPORTE &
NATUREZA
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