Olá!
Me chamo Suzana,tenho 30
anos, sou casada e professora. Descobri o Diabetes Tipo Lada aos 24 anos de
idade.
Depois de receber o
diagnóstico de diabetes tipo II, fazer inúmeros exames e passar por alguns
tratamentos foi que finalmente tivemos o diagnóstico correto, tenho Diabetes
Tipo Lada.
Ao contrário de muitas
pessoas, recebi o diagnóstico do diabetes durante a gestação.
Vamos lá...
Vamos lá...
Passei por um processo emocionalmente
muito difícil, emagreci muito nesse período, passei a beber muita água e a
urinar com frequência. Sem saber dos sintomas achei que era um quadro da depressão
devido a tudo o que eu estava passando.
No meio de todos estes
fatos, descobri que estava grávida,foi um misto de alegria e medo. Não nos
planejamos, mas desejávamos sermos pais. Fui fazer os exames comuns da gestação
até que vem a pior notícia:
- Mãezinha,você é diabética né?
Foi um choque aquela
notícia, não entendi nada, mas por amor ao meu bebê decidi me cuidar e iniciar
o tratamento de alto risco no convênio.
Muitas mudanças bruscas
ocorreram em minha vida, eram os sintomas gestacionais,informações sobre o
diabetes e também os sintomas do diabetes. Não dava tempo de raciocinar, apenas
de executar, qualquer erro poderia comprometer as nossas vidas.
Durante a gravidez, fiz uso
das insulinas NPH e Regular. As consultas eram sempre tensas, os médicos me
alertavam para o risco da perda do bebê com ênfase, eu muito assustada, mudei
totalmente minha alimentação.Chorava muito, o medo sempre me rodeava, era uma
alegria ao meu bebê mexer e uma angústia quando ele estava quieto!
Contudo,mesmo sem conhecer a
fundo o diabetes, sem entendê-lo, eu me cuidava para que pudesse ter meu filho
com saúde.
Foram meses de angustia e de
apreensão!
Feliz por realizar o sonho
da maternidade,triste por não poder usufruir daquele momento como esperava.
Com 36 semanas, fizemos uma
cesárea de urgência, pois meu liquido amniótico estava secando pela acidez do
açúcar em meu sangue. Samuel nasceu com 2,790 kg e não precisou ficar na UTI.
Ver meu filho bem,mesmo
diante das circunstâncias,fez tudo valer a pena.Ele foi amamentado por 2 anos e
2 meses, as primeiras hipos significativas que tive foram durante a
amamentação, mas logo foram controladas.
Pelo desconhecimento em
relação ao diabetes, não usava métodos contraceptivos, achava que o diabetes me
impediria de engravidar.Por isso nunca me preocupei em tomar remédios,até que 3
anos após o nascimento do Samuel,novamente engravidei.
Foi novamente um choque, por
outro lado achei que seria mais fácil,uma vez que eu já havia engravidado e
tinha esta experiência,ledo engano.
Comecei a ter dilatação aos
7 meses de gravidez, fiquei afastada e de repouso até o nascimento do meu
filho. Com 37 semanas, senti todas as dores do parto, fomos tentar um parto
normal, mas assim que estouraram a bolsa, a placenta deslocou e foi aquela
correria para o parto cesárea. E assim nasceu José Henrique, com 4.275kg.Ficamos
internados uns dias por conta de uma bactéria que deu nele (fisiometria), mas
no final tudo deu certo!
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Gestaçào do José Hnerique |
José Henrique, foi
amamentado por 1 ano e 10 meses, no início tive muitas hipos, mas me alimentei
corretamente e mudamos as dosagens de insulina e assim as glicemias foram
estabilizando.
Me sinto realizada por ser mãe de dois meninos, aprendi a lidar com o diabetes e hoje me cuido bem melhor.Conhecer a doença, ajuda muito no tratamento e até mesmo mudarmos pensamentos e posturas frente a doença. No fundo ninguém deseja ter diabetes,é muita responsabilidade! Cuidar de tudo e de todos,além de seus cuidados básicos e ainda ter mais esta preocupação...Mas como diz o ditado “o que não tem remédio, remediado está”.Ou seja, o diabetes não tem cura, mas tem controle,posso viver e também usufruir de muitas coisas daqui.Só depende de mim.
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José Henrique e Samuel |
Me sinto realizada por ser mãe de dois meninos, aprendi a lidar com o diabetes e hoje me cuido bem melhor.Conhecer a doença, ajuda muito no tratamento e até mesmo mudarmos pensamentos e posturas frente a doença. No fundo ninguém deseja ter diabetes,é muita responsabilidade! Cuidar de tudo e de todos,além de seus cuidados básicos e ainda ter mais esta preocupação...Mas como diz o ditado “o que não tem remédio, remediado está”.Ou seja, o diabetes não tem cura, mas tem controle,posso viver e também usufruir de muitas coisas daqui.Só depende de mim.
Samuel, foi a minha cura
emocional, foi por ele que atravessei momentos difíceis e por ele que aceitei o
diabetes. Senão fosse a gestação, eu não teria tido o diagnóstico do diabetes
“tão rápido”, eu tinha uma doença dentro de mim que estava silenciosa.
Atualmente uso as insulinas NPH e Regular e tomo o medicamento Glifage.
Atualmente uso as insulinas NPH e Regular e tomo o medicamento Glifage.
Podemos sim ser mães!Basta
termos fé e fazermos nossa parte .
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