Olá!
Me
Chamo Amanda, tenho 20 Anos, descobri o Diabetes Tipo I aos 18 anos de idade,
após um procedimento cirúrgico de drenagem de furúnculo (antes de descobrir o diabetes eu tinha muitos).
Passei
muito mal em casa, fui desacordada pro hospital chegando lá descobriram que eu
estava com infecção generalizada por conta da drenagem e depois descobriram o
diabetes que chegou a 800 mg/dl.
Fiquei
na UTI por 10 Dias, comecei o tratamento com insulina NPH+REGULAR a fase de
adaptação foi horrível, eu não aceitava a doença. Na minha cidade não conseguia
ganhar os insumos, sempre faltava as tiras de medir, fui deixando de controlar, até passar mal e ir pra UTI novamente, estava com cetoacidose diabética.
Fiquei
oito dias na UTI, a partir daí, comecei a controlar mais, porém a saúde pública
da minha cidade é crítica, para conseguirmos uma consulta com o
endocrinologista ficamos seis meses na fila, os planos de saúde não cobriam meu
tratamento, por eu já ser “doente” como ouvi algumas vezes.
Fui
controlando o Diabetes na medida do possível sempre com muito apoio e paciência
da minha Família e meu Namorado (hoje marido). Em Dezembro de 2016 minha
menstruação atrasou, quando fiz o teste veio o temido POSITIVO, chorei e me
desesperei,sabia que meu controle glicêmico não tava ideal pra uma gravidez já
tinha ouvido da boca de um médico que eu nunca conseguiria ser mãe por causa da
diabetes, que perderia o bebê.
Fiz os
exames e com o resultado o médico me internou pra controlar a glicemia, minha hemoglobina
glicada estava 10,7%, glicemia em jejum 260mg/dl.
Fomos
mexendo nas dosagens de insulina, fui me dedicando ao tratamento e conseguindo controlar as glicemias, fiz a primeira ultrassom e estava tudo bem
com o bebê. Graças a Deus!
Com 14
semanas, pedi o encaminhamento pra fazer a ultrassom pra descobrir o sexo do
bebê, quando a médica me disse: “Não tente descobrir o sexo, você não passa dos quatro
meses de gestação, seu bebê morre antes, sua glicada está muito alta!”. Meu
mundo caiu, eu já amava meu bebê, não aceitava o fato de perdê-lo, foi quando
decidi ir embora do Brasil,por vários motivos, principalmente pela questão de
saúde no país e pelo acompanhamento que eu vinha recebendo em relação ao diabetes. Tenho parentes que vivem na Espanha pensava remotamente em ir morar lá,mas com tudo o que foi nos acontecendo decidimos ir o quanto antes.
Na
Espanha, não tive médicos, mas sim anjos que me ajudaram muito, recebia acompanhamento
semanal com três médicos e uma enfermeira. Eles reorganizaram o meu tratamento:
Trocaram minha insulina pra Humulin e Humalog,acompanhavam minhas glicemias e
fazia ultrassom morfológica todo mês pra
monitorar o bebê.Tirando a ansiedade e medo minha gravidez foi super tranquila,o
diabetes em jejum ficava 80 / 90 mg/dl e no pós-prandial os valores eram 140/170mg/dl.
Aqui a organização na área da saude é muito superior a do Brasil,nos dão a devida atenção,conseguimos marcar consulta com diferentes especialistas sem dificuldades,além de conseguirmos nossos insumos sem dificuldades.
Cheguei na Espanha tomando insulina na seringa, eles ficaram chocados quando souberam,aqui só usamos caneta,acham desumano usarmos seringas.
Para receber os insumos basta eu ir no posto de saúde e pegá-los,retiro a quantidade que quero eles não regulam,por que nos dão suporte e acompanham,então sabem que de fato estamos utilizando.
Enquanto definíamos o nome do bebê, pensei em muitos nomes,mas o que mais o definia,era Bernardo, por seu significado: Forte como um urso.
Aqui a organização na área da saude é muito superior a do Brasil,nos dão a devida atenção,conseguimos marcar consulta com diferentes especialistas sem dificuldades,além de conseguirmos nossos insumos sem dificuldades.
Cheguei na Espanha tomando insulina na seringa, eles ficaram chocados quando souberam,aqui só usamos caneta,acham desumano usarmos seringas.
Para receber os insumos basta eu ir no posto de saúde e pegá-los,retiro a quantidade que quero eles não regulam,por que nos dão suporte e acompanham,então sabem que de fato estamos utilizando.
Enquanto definíamos o nome do bebê, pensei em muitos nomes,mas o que mais o definia,era Bernardo, por seu significado: Forte como um urso.
Minha DPP
(data provável do parto) estava prevista para 30/08/2017, porém minha bolsa
rompeu no dia 19/08/2017. Depois de 28 horas de trabalho de parto induzido,notou-se
que a cabecinha dele estava virada,por isso não arriscaram mais no parto normal
e fizeram cesárea.
Ás 06h55min do dia 19 de agosto de 2017, ouvi o chorinho que me fez renascer, me fez descobrir o verdadeiro sentido da palavra amor, hoje tenho que me cuidar mais e mais, ele precisa de mim!
Meu Bernardo nasceu de 38 semanas e três dias, pesando 3 quilos, medindo 46 centímetros e foi direto pro quarto comigo. Teve duas hipoglicemias, não tivemos dificuldades na amamentação, tanto que ele mama no peito até hoje .
Minha recuperação e cicatrização foram perfeitas!
Meu Bernardo nasceu de 38 semanas e três dias, pesando 3 quilos, medindo 46 centímetros e foi direto pro quarto comigo. Teve duas hipoglicemias, não tivemos dificuldades na amamentação, tanto que ele mama no peito até hoje .
Minha recuperação e cicatrização foram perfeitas!
Confesso,
é desafiante conciliar maternidade, diabetes, casa e casamento. Aqui na Espanha
somos apenas nós três, eu, meu marido e Bernardo, não tive ajuda no resguardo,meu esposo estava trabalhando direto,mas na medida do possível é presente. Deus nos capacita. Às vezes passo da hora comer ou como lanches por pressa,porém estou conseguindo
controlar a glicemia.
Meu tratamento neste momento só não está melhor pois muitas vezes não consigo ir as consultas,no tempo de frio ou neve,não tenho como levar o Bernardo nas consultas comigo e nem com quem deixá-lo.
Meu tratamento neste momento só não está melhor pois muitas vezes não consigo ir as consultas,no tempo de frio ou neve,não tenho como levar o Bernardo nas consultas comigo e nem com quem deixá-lo.
Digo
que se eu lutei pra gerar ele, Bernardo lutou pra viver!
Daqui quatro Anos quero dar uma Irmãzinha pra ele!
Pra
você que sonha em ser mamãe, não desanime, o diabetes não nos impede de nada,
só nos exige sermos mais cuidadosas, no final todo e qualquer sacrifício você
verá que valeu a pena.